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     Ricardo conta que seus amigos e parentes ficam inconformados com o seu amor pelo futebol e suas camisas. Mas não adianta, ele não pretende vender sua coleção tão cedo. “Pretendo entregá-la a alguém que quando eu não estiver mais por aqui, possa aumentá-la e mantê-la por mais algumas décadas”, diz o dono das relíquias.

 

     O colecionador conta que a maior de todas as dificuldades em manter a coleção é encontrar as camisas. Para achá-las, ele mantem muitos contatos do ramo do esporte em redes sociais, faz novos amigos em viagens e visita muitos sites de troca, compra e venda, além de lojas mais especializadas. Outra grande dificuldade é o valor que algumas camisas são vendidas, muitas vezes altíssimos. Mas confessa porque paga tais preços: “paixão é algo difícil de mensurar. Eu compro por admiração, ou até mesmo pelo ego, mostrar que eu (e talvez só eu) possua tal artigo. Existem camisas antigas que são comercializadas entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, mas o máximo que eu já investi foi em torno de R$ 200”.

     Ricardo Scavariello Franciscato, natural de Limeira – SP, de 36 anos, é professor universitário, especialista em Logística, e tem uma coleção de camisas de times de futebol de causar inveja a qualquer amante desse esporte. Colecionador há mais de 20 anos, ele tem 450 peças, só de antigas, já tem quase 40.

 

     Para Ricardo, colecionar as camisas antigas é enxergar o passado. “Desta maneira consigo ter um comparativo mais tangível com a atual realidade, as camisa mostram a evolução de materiais, tecnologia e marketing ao decorrer de anos ou décadas”, conta o colecionador.

 

     Foi aos 14 anos que ele começou a coleção, período que descreve como a construção de uma visão pessoal. Aos 20, se interessou também as camisas antigas. Ricardo sempre foi apaixonado por futebol e explica que escolheu as camisas, e não outro objeto do esporte, por se tratar de uma peça mais bela, mas acrescenta que atualmente busca as camisas antigas mais pela raridade, como de times do leste europeu e países de menos expressão mundial.

15 ANOS DE COLEÇÃO

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